O apóstolo Paulo, em sua carta aos Romanos, traz uma mensagem de profundo encorajamento e consolo ao afirmar que “a esperança não engana”. Esta declaração, encontrada em Romanos 5,5, é uma das passagens mais reconfortantes das Escrituras, oferecendo uma visão teológica rica sobre a natureza da esperança cristã e seu impacto em nossas vidas. Para entender plenamente a profundidade dessa afirmação, é essencial considerar o contexto em que Paulo escreve. No capítulo 5 de Romanos, Paulo discute os benefícios da justificação pela fé. Ele menciona que, por meio de Jesus Cristo, temos paz com Deus e acesso à Sua graça. Esta graça nos capacita a perseverar em meio às tribulações, que produzem paciência, caráter e, finalmente, esperança.

Paulo enfatiza que essa esperança “não engana” porque está fundamentada no amor de Deus, derramado em nossos corações pelo Espírito Santo. A esperança cristã não é uma expectativa incerta ou um desejo vago. Ela é uma confiança segura e inabalável na fidelidade e nas promessas de Deus. A esperança em Cristo é uma âncora firme que nos sustenta em tempos de adversidade. O motivo pelo qual a esperança cristã é tão confiável está diretamente ligado ao amor de Deus. Paulo destaca que esse amor não é algo abstrato ou distante; pelo contrário, ele é pessoal e íntimo, derramado em nossos corações pelo Espírito Santo. Esse amor é a prova tangível da presença de Deus em nossas vidas e a garantia de que Suas promessas são verdadeiras.

Em preparação para o Jubileu 2025, cujo tema é “Peregrinos da Esperança”, somos convidados a refletir sobre nosso papel como portadores desta esperança inabalável. A peregrinação é uma metáfora poderosa para a jornada de fé que todos nós trilhamos. Como peregrinos, enfrentamos desafios, momentos de dúvida e tribulações, mas nossa esperança em Cristo nos guia e fortalece. O Jubileu nos chama a renovar nossa esperança e a viver de acordo com os princípios do Evangelho, confiando que, mesmo em meio às adversidades, Deus está presente e operante em nossas vidas. Assim como os peregrinos que seguem um caminho traçado, somos chamados a caminhar juntos, sustentados pela esperança que não engana, buscando a plenitude da vida em Cristo. Diante das dificuldades e incertezas da vida, a esperança cristã oferece uma perspectiva transformadora. Ela nos lembra que, independentemente das circunstâncias, podemos confiar que Deus está no controle e que Ele trabalha todas as coisas para o bem daqueles que O amam. Essa esperança nos encoraja a continuar firmes na fé, a perseverar nas provações e a viver com a certeza de que nossa confiança em Deus não será decepcionada.

A afirmação de Paulo aos Romanos de que “a esperança não engana” é uma poderosa lembrança da fidelidade de Deus. É um convite a viver com confiança e expectativa na promessa divina, sabendo que o amor de Deus é a base segura sobre a qual nossa esperança é construída. Que possamos, assim como Paulo, abraçar essa esperança com fervor, permitindo que ela ilumine e guie nossas vidas, fortalecendo-nos nas adversidades e preenchendo-nos com alegria e paz. No contexto do Jubileu 2025, sejamos verdadeiros peregrinos da esperança, testemunhando a fidelidade de Deus e inspirando outros a caminhar na luz da fé.

Saiba mais sobre o Jubileu 2025, acesse o link: https://www.cnbb.org.br/jubileu-2025-2/

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