Ao encerrar seu evangelho, São Mateus registra palavras que não apenas concluem uma narrativa — mas que inauguram um chamado eterno. Jesus, já ressuscitado, olha para seus discípulos e declara com autoridade: “Ide, portanto, e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.” (Mt 28,19-20). Essas palavras conhecidas como um verdadeiro sopro de envio. Elas nos despertam da zona de conforto, nos arrancam da fé que se contenta com o íntimo e nos empurram rumo ao outro, à margem, ao mundo. Jesus não nos convida a uma fé estática, mas a uma fé em movimento, viva e ousada, que transforma realidades e toca corações. O verbo de Jesus é claro e direto: “Ide”. Não se trata de uma sugestão, mas de uma ordem que atravessa gerações. A fé cristã nunca foi um patrimônio a ser guardado, mas uma boa nova a ser compartilhada com generosidade. A missão não conhece fronteiras ela atravessa culturas, línguas e contextos, porque o amor de Deus é inclusivo, universal e transbordante. Fazer discípulos é muito mais do que transmitir informações religiosas. É formar vidas, gerar encontros, ensinar com o exemplo, caminhar junto. O Evangelho não se aprende apenas ouvindo se aprende vendo, tocando, vivendo.
O batismo é o início de uma jornada, um renascimento em Deus. Mas Jesus vai além: é preciso ensinar. Ensinar não como mestres distantes, mas como irmãos de caminhada. A missão não termina no rito, ela continua na vida no dia a dia de quem ama, perdoa, serve, escuta e acolhe. É um discipulado feito de presença constante e testemunho fiel. Jesus não envia os seus com as mãos vazias. Ele promete: “Estou convosco todos os dias…”. Esta é a força da missão cristã: não caminhamos sozinhos. Sua presença nos sustenta, mesmo nas noites mais escuras da fé. Ele é o companheiro fiel, o guia silencioso, o Deus que envia e caminha junto. A missão não nasce da igreja, nasce de Deus. O conceito de Missão de Deus nos ajuda a entender que Deus é o primeiro missionário. Desde o início da história, Ele busca a reconciliação e a restauração de toda a criação. A igreja, nesse contexto, não é a autora da missão, mas participante de um plano eterno. De Gênesis a Apocalipse, a Bíblia revela essa grande história: o Deus que chama, envia, salva e renova. O chamado de Abraão, a encarnação de Cristo, o envio do Espírito Santo e a Grande Comissão tudo aponta para um Deus que ama o mundo e convida seu povo a ser parceiro nessa obra de redenção. A missão cristã não é apenas converter pessoas. Ela visa reconciliar todas as coisas com Deus. Isso envolve: restaurar relacionamentos quebrados, promover justiça onde há desigualdade, cuidar da criação com responsabilidade, refletir os valores do Reino de Deus amor, paz, verdade, misericórdia. Ser missionário é viver como Cristo viveu, sendo sinal de esperança em um mundo ferido. Jesus disse: “Vós sois a luz do mundo… o sal da terra” (Mt 5,13-16). A igreja foi chamada para influenciar, preservar, iluminar. Evangelizar, discipular, servir e cuidar da criação são expressões de uma fé encarnada e coerente.
A missão da igreja é ampla e urgente: evangelizar com palavras e ações, discipular com paciência e profundidade, agir pela justiça, denunciando a opressão e promovendo dignidade, cuidar da criação, como bons administradores dos dons de Deus. Vivemos tempos desafiadores. O secularismo, a desigualdade social, as mudanças culturais e a crise ambiental nos interpelam. Mas esses desafios não paralisam a missão eles a tornam ainda mais necessária. A igreja precisa ser autêntica, corajosa, sensível. Comunicar o Evangelho com verdade e ternura. Defender os pobres, ouvir os excluídos, proteger a criação. Ser sinal do Reino em meio ao caos. A missão de Deus não terminou com os apóstolos. Ela continua hoje, comigo e com você. Em casa, na escola, no trabalho, nas redes sociais, em comunidades, nas periferias do mundo: todo lugar é campo missionário.
“Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20,21). Essa é a nossa identidade: somos enviados. Chamados a viver o Evangelho com coerência, alegria e esperança. Que nossa fé não seja guardada, mas partilhada. Que nossas vidas sejam uma resposta ao amor que nos alcançou. A missão não é um peso é um privilégio. É participar do que Deus já está fazendo no mundo. Somos chamados a ser instrumentos de reconciliação, mensageiros da paz, construtores do Reino.
Que a Grande Comissão de Jesus ecoe em nossos corações todos os dias.
Que a Missão de Deus nos transforme por dentro, e por meio de nós, transforme o mundo.
E que jamais esqueçamos: Ele está conosco. Sempre. Até o fim.
Queremos caminhar com você!
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