Entre as passagens mais marcantes do Evangelho segundo São Lucas, o encontro de Jesus com Zaqueu brilha como um verdadeiro retrato da misericórdia divina. Em apenas dez versículos, a narrativa revela o poder de um olhar, a profundidade de uma escolha e a beleza da transformação que nasce do encontro com Cristo. Zaqueu era um homem conhecido em Jericó, mas não por boas razões. Chefe dos publicanos, cobrador de impostos a serviço dos romanos, era rico, mas desprezado. Aos olhos da sociedade, representava a corrupção e a traição. Aos olhos de Deus, porém, era um coração inquieto, à procura de algo mais. Ao saber que Jesus passaria pela cidade, Zaqueu não hesita, corre e sobe numa figueira para enxergar o Mestre. Um gesto inusitado para um homem de sua posição. Mas, na lógica do Evangelho, os que se humilham serão exaltados. Zaqueu, ainda sem entender, já estava sendo atraído pela graça. E então, o momento decisivo Jesus levanta os olhos e o chama pelo nome: “Zaqueu, desce depressa! Hoje preciso ficar na tua casa.” (Lc 19,5)
Jesus toma a iniciativa, não espera ser convidado, não exige condições, não se intimida com a má fama do homem à sua frente. Ele entra, sem medo, na vida daqueles que o mundo rejeita. Para Cristo, ninguém está longe demais. Zaqueu desce com alegria. Não é uma alegria superficial é a alegria de ser reconhecido, visto, amado. Uma alegria que só nasce quando a graça toca a alma. A reação da multidão é imediata: escândalo. “Ele foi se hospedar na casa de um pecador!” Mas é justamente aí que o Evangelho resplandece. Jesus não se aproxima dos santos perfeitos, mas dos corações feridos, injustos e perdidos. Ele entra onde há miséria não para justificar o erro, mas para curar a alma. Onde muitos veem um pecador, Cristo enxerga um filho. O encontro com o Senhor não passa em vão. Zaqueu levanta-se e faz uma declaração poderosa: “Dou a metade dos meus bens aos pobres, e, se prejudiquei alguém, vou devolver quatro vezes mais.” (Lc 19,8). Não é apenas um gesto simbólico, é uma mudança de vida concreta, radical, que brota do arrependimento verdadeiro. É o Evangelho encarnado justiça, reparação, partilha. Zaqueu não apenas vê Jesus ele se deixa ver por Ele, e essa entrega gera transformação.
Diante da sinceridade daquele coração, Jesus proclama: “Hoje houve salvação nesta casa.” (Lc 19,9). A salvação não é apenas um conceito doutrinal. É presença. É vida nova. Ela aconteceu ali, em Jericó, porque um homem ousou buscar o Senhor e foi encontrado. E acontece hoje, onde quer que alguém abra o coração ao Cristo que passa. Zaqueu poderia ter se escondido. Poderia ter temido o olhar das pessoas. Mas ele escolheu buscar. Escolheu subir, ver, descer. Escolheu acolher. Jesus continua passando por nossas cidades, ruas, casas. Continua levantando os olhos e chamando pelo nome. Ele deseja entrar e, ao entrar, deseja transformar.
O encontro de Jesus com Zaqueu, narrado no Evangelho de Lucas, revela de forma profunda a essência da misericórdia divina. Jesus não exclui ninguém, nem mesmo aqueles marginalizados pela sociedade, como Zaqueu, um cobrador de impostos visto como pecador. Seu olhar cheio de misericórdia tem o poder de transformar corações, Zaqueu se sente visto, acolhido e amado, e isso o leva a uma conversão verdadeira, expressa em ações concretas de reparação e justiça. A salvação, portanto, é oferecida àqueles que acolhem Jesus com sinceridade de coração. Essa passagem se resume nas palavras do próprio Cristo: “O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido” (Lc 19,10). Trata-se de um retrato vivo de um Deus que busca, acolhe e transforma, lembrando-nos que ninguém está fora do alcance de Sua graça.
Se você também tem sentido essa inquietação interior, essa sede de algo mais, saiba: o Senhor olha para você. E quer ficar na sua casa. Abra-lhe as portas. Deixe que a sua presença transforme tudo como transformou a vida de Zaqueu.
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