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Santa Rita de Cássia: A Santa das Rosas e das Famílias

Santa Rita de Cássia: A Santa das Rosas e das Famílias

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Santa Rita de Cássia, nascida como Margarida Lotti por volta de 1371, em Roccaporena, na Úmbria (Itália), é lembrada como a Santa das Causas Impossíveis. Mas seu testemunho vai além dos milagres: ela é, sobretudo, um exemplo luminoso de como viver a fé no seio da família, transformando dor em esperança e ódio em perdão. Desde a infância, Rita foi educada na oração, no trabalho simples e no espírito de reconciliação. Filha de camponeses humildes, aprendeu desde cedo a valorizar o diálogo e a confiança em Deus virtudes que se tornariam fundamentais em sua vida de esposa, mãe e intercessora. Ainda jovem, foi dada em casamento a Paulo de Ferdinando de Mancino, um homem marcado pelas rivalidades políticas e pela violência. O lar que deveria ser um refúgio tornou-se um ambiente difícil, mas Rita não se deixou endurecer: com paciência, oração e amor perseverante, ajudou o marido a mudar de vida e a aproximar-se de Deus. Dessa união nasceram dois filhos, Giangiacomo e Paulo Maria, que Rita educou com ternura e fé. Contudo, a paz familiar foi abalada quando seu marido foi assassinado. Rita, em um gesto heroico de perdão, escondeu a camisa ensanguentada dele para que seus filhos não fossem tentados a buscar vingança. Sabia que a verdadeira vitória não estava no ódio, mas na reconciliação. Quando os filhos adoeceram e morreram ainda jovens, Rita suportou a dor confiando que Deus os havia acolhido no Céu, poupando-os do caminho da violência. Assim, transformou sua maternidade ferida em oração pelas famílias, especialmente aquelas marcadas por divisões, conflitos e perdas.

Viúva e sem filhos, Rita buscou consolo e missão no convento das Agostinianas de Cássia. Inicialmente recusada por causa das rixas familiares, perseverou na fé até ser aceita, após a pacificação dos clãs inimigos. No convento, viveu com humildade, obediência e espírito de reconciliação. Um episódio marcante de sua vida foi o milagre da videira, quando, em obediência, regou diariamente um tronco seco até que este floresceu sinal de que a fidelidade e a paciência podem gerar frutos até nas situações mais áridas. Santa Rita também recebeu em sua testa um estigma, como se um espinho da coroa de Cristo tivesse se cravado em sua pele, vivendo por 15 anos unida de modo profundo à Paixão do Senhor. Pouco antes de morrer, em pleno inverno rigoroso, pediu a uma parente que lhe trouxesse uma rosa e dois figos de seu jardim. Milagrosamente, eles floresceram um gesto de ternura divina que selava sua vida de oração e amor. Santa Rita faleceu em 22 de maio de 1447. Seu corpo permanece incorrupto em Cássia, e sua memória é celebrada no mundo inteiro.

A vida de Santa Rita de Cássia é um verdadeiro espelho daquilo que tantas famílias vivem: momentos de alegria e esperança, mas também conflitos, perdas e reconciliações. Ao contemplarmos sua história, encontramos não apenas a Santa das Causas Impossíveis, mas uma mulher que fez da família uma escola de amor, perdão e santidade. Rita conheceu tanto o sonho quanto a dor da vida conjugal. O lar que desejava como refúgio foi marcado pela violência e pelas tensões da época. Contudo, diante das provações, ela não escolheu o ódio nem a vingança, mas respondeu com paciência, oração e confiança em Deus. Assim, ensina que o amor perseverante tem força para transformar corações e que, mesmo nas dificuldades mais duras, a família pode tornar-se um lugar de conversão.

Como mãe, experimentou a ternura do amor materno e a angústia de ver seus filhos tentados pelo desejo de vingança. O gesto de esconder a camisa ensanguentada do marido para proteger seus filhos desse caminho é um símbolo forte para todas as famílias: a missão dos pais é educar os filhos no perdão e na fé, guardando seus corações do mal. Mesmo quando a dor da morte levou seus filhos, Rita não perdeu a esperança. Pelo contrário, entregou sua dor a Deus e a transformou em intercessão por todas as famílias. Mais tarde, no convento, continuou sendo mãe espiritual: acolheu, orientou e rezou por todos os que a procuravam. Sua vida testemunha que a família, mesmo marcada por feridas, é o lugar onde Deus age e faz brotar frutos de amor.

Hoje, Santa Rita recorda às famílias cristãs que:

  • o perdão é a chave para quebrar ciclos de ódio;
  • a oração é a força que sustenta o lar;
  • a esperança nunca deve ser abandonada, mesmo diante das impossibilidades humanas.

Por isso, além de ser a Santa das Causas Impossíveis, Rita é também um farol de esperança para todas as famílias que desejam viver reconciliadas, firmes na fé e abertas à graça de Deus. Que ao invocarmos Santa Rita, nossas casas se tornem como a sua vida: jardins onde florescem a fé, o perdão e a paz.

 

Oração pelas famílias com Santa Rita: “Santa Rita, mulher de paz em meio à guerra, mãe que soube amar até o último sacrifício, intercede por nossas famílias. Ensina-nos a perdoar, a rezar e a confiar. Que tuas rosas, sinais de esperança, floresçam em nossos lares. Amém. Santa Rita de Cássia, rogai por nós.

 

“A santidade não consiste em coisas extraordinárias, mas em cumprir bem os deveres de cada dia (Pio X)”

 

 

 

 

 

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