Hoje, com o coração cheio de gratidão e ternura, celebramos o V Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, instituído pelo Papa, com o tema: “Bem-aventurados os que não perderam a esperança” (cf. Eclo 14,2). Nesta data especial, olhamos com carinho para os avós e os idosos verdadeiras testemunhas de esperança, capazes de iluminar o caminho das novas gerações com a sabedoria adquirida ao longo dos anos e com a fé que resistiu ao tempo. Eles são guardiões da memória, transmissores da fé, e colunas discretas que sustentam o lar com sua presença amorosa.

A Igreja nos convida, neste domingo mais próximo da festa litúrgica de São Joaquim e Sant’Ana (26 de julho), avós de Jesus, a renovar nossa aliança com aqueles que vieram antes de nós. Essa aliança, é feita de amor, oração e cuidado mútuo. Não podemos permitir que os mais velhos sejam esquecidos ou deixados de lado. Devemos abraçá-los com gratidão, escutá-los com atenção e valorizá-los como tesouros vivos da nossa fé. A vida da Igreja e do mundo só se compreende na “sucessão das gerações”, e que “abraçar um idoso é reconhecer que a história não se esgota no presente, mas se projeta para o futuro”. Em tempos marcados por pressa e individualismo, os avós nos ensinam a viver com mais profundidade, a saborear o valor da vida e a confiar no tempo de Deus. O Papa também se dirige com carinho aos idosos que sofrem com a solidão, a doença e o abandono, dizendo que “nada nos pode impedir de amar, de rezar, de nos doarmos e de sermos uns pelos outros sinais luminosos de esperança. Na Bula do Ano Jubilar – Spes non confundit (A Esperança não Engana), ele reforça: “Valorizar o tesouro que os idosos são, a sua experiência de vida, a sabedoria que trazem consigo e a contribuição que podem dar é um serviço da comunidade cristã e da sociedade civil”. E aos avós, em particular, o Papa dirige palavras tocantes: “Eles representam a transmissão da fé e da sabedoria de vida às gerações mais jovens. Que sejam amparados pela gratidão dos filhos e pelo amor dos netos, que neles encontram suas raízes, compreensão e estímulo.”

Também a Sagrada Escritura, em sua beleza eterna, nos ensina: “Os netos são a coroa dos anciãos, como os pais são a glória dos filhos” (Provérbios 17,6). Essa passagem nos recorda que os laços entre gerações são sagrados, e que cada avô e avó é uma bênção insubstituível na construção da identidade e da fé familiar. Eles geram pertencimento, acolhem com ternura e oferecem segurança afetiva às crianças algo essencial para seu desenvolvimento emocional e espiritual. Avós são refúgio em dias difíceis, consolo em tempos de incerteza e alegria nas tardes cheias de lembranças. Com paciência e sabedoria, compartilham histórias que formam quem somos e plantam sementes de fé nos corações dos mais jovens. São mestres silenciosos que nos mostram o que realmente importa: amar, confiar e perseverar.

Que nunca nos falte tempo para ouvir, abraçar e honrar os nossos avós. Que saibamos reconhecer neles a presença viva de Deus e retribuir com amor tudo o que construíram com sacrifício e fé. Mais do que parentes, os avós são pontes vivas entre o passado e o futuro. São heróis da vida real, colunas silenciosas da família e da Igreja. A todos os vovôs e vovós, nossa gratidão, nossa ternura e nossa oração. Que Deus os abençoe com saúde, paz e alegria. Que sua vida continue sendo luz para todos nós.

Feliz e abençoado Dia dos Avós!

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